HSY - How to survive yourself

HSY - How to survive yourself

    Chegou o momento em que o desejo de aventura infantil deu lugar ao meu Inferno. Ver dedos apontados; ouvir risadas sarcásticas; ser parada no meio da rua na volta da escola e questionada por um estranho; escutar constantes deboches ou tentativas frustradas dos pais de silenciar seus filhos; receber (a gritos) apelidos de pedestres, passageiros de ônibus ou motoristas de carros, quando a única coisa que eu desejava era passar despercebida… enfim, virar uma atração da cidade de um dia para o outro não foi nada agradável. Assumir a culpa pela minha distinção, que um dia considerei imperfeição, causou um sentimento de repulsa por mim mesma. E o maltrato provocado por tanta gente ganhou mais uma adepta: eu. Afinal de contas, a minha existência é correta?

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Pois é, muitas vezes carregamos uma bagagem que pode afetar nossas vidas sem percebemos. São tantas brincadeirinhas de colegas, piadinhas de familiares, apelidos não ¨tão carinhosos¨ de conhecidos, bobagens que relevamos em nossas vidas não é mesmo?

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Brigar, xingar e ignorar são os principais conselhos recebidos por quem vivencia tal situação. Recomendações que não resolvem o turbilhão de sentimentos guardados dentro nós, os quais, cada dia mais, nos afastam das pessoas, fugindo do rótulo de “ser fresco” juntamente com as “Brincadeiras inofensivas”.

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Infelizmente, alguns desses eventos aconteceram comigo e deixou um rastro do desespero da incerteza de levar uma vida excessivamente vazia.

Na juventude, no momento de fazer minhas próprias descobertas, sejam elas boas ou ruins, concordando ou discordando dos conceitos que me foram transmitidos desde o nascimento, compreendi a superficialidade e a frieza presentes na humanidade

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Quando uma colega de classe com o peso acima do considerado normal era ridicularizada por vários alunos que simulavam o chão se erguendo a cada passo dela, levantando-se das cadeiras em sincronia. Ou quando colegas com roupas modestas eram desprezadas e excluídas. Ou quando minhas características orientais não me deixavam passar despercebida.

O Livro

Meu maior pesadelo

 Chegou o momento em que o desejo de aventura infantil deu lugar ao meu Inferno. Ver dedos apontados; ouvir risadas sarcásticas; ser parada no meio da rua na volta da escola e questionada por um estranho; escutar constantes deboches ou tentativas frustradas dos pais de silenciar seus filhos; receber (a gritos) apelidos de pedestres, passageiros de ônibus ou motoristas de carros, quando a única coisa que eu desejava era passar despercebida… enfim, virar uma atração da cidade de um dia para o outro não foi nada agradável.

Meu maior pesadelo

A culpa

 Assumir a culpa pela minha distinção, que um dia considerei imperfeição, causou um sentimento de repulsa por mim mesma. E o maltrato provocado por tanta gente ganhou mais uma adepta: eu. Afinal de contas, a minha existência é correta?

Ainda na infância

 Ainda na infância, somos condicionados a sonhar com um mundo perfeito, onde todas as pessoas são felizes e vivem em harmonia. E somos guiados a buscar tal utopia, aprendendo o que é “certo” e o que é “errado” desde que nascemos. Ninguém nos prepara emocionalmente para o caso de nos depararmos com uma realidade que não essa. Não foi distinto para mim, que descobri, de forma repentina, ser diferente da maioria.

Ainda na infância

Experiências

Este livro aborda algumas de minhas experiências tentando me adequar a esse padrão, destrinchadas em uma teoria exclusiva, que mostra, de modo de fácil entendimento, as consequências dessa luta.

Passado / Presente /Futuro

Dividida em três partes, passado, presente e futuro, a narrativa traz ainda os segredos que descobri nesta jornada e as ações que me foram necessárias para superar todos esses empecilhos.

Passado / Presente /Futuro

Mensagens recebidas de leitores

QUEM É AIZORA AMY?

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Com histórias publicadas na Europa (Antologia Longe de Casa – editora Helvétia), no Brasil (Anais do simpósio internacional do Ciate ¨30 anos da comunidade brasileira no Japão¨ - Projeto da Bunkyo e Ciate), atuou como educadora no Brasil e no Japão e hoje compartilha através da paixão na escrita, as descobertas feitas durante a sua jornada. 

Para seguir em frente basta dar o primeiro passo.

Por que escrevo?

Não é fácil para mim estar teclando palavras que reabrem feridas, que quis acreditar que já não existiam mais. Mas aqui estou, imaginando se essa seja a etapa que me falta para prosseguir com minha história, virando mais uma página. Penso que talvez seja esse momento de turbulência, em que o COVID 19 tem transformado o mundo, trazendo à tona toda a xenofobia guardada dentro daqueles que tão facilmente as expõe em palavras ditas ou digitadas, que me encorajou a terminar algo que iniciei há alguns anos e que mantive guardado em um arquivo qualquer em meu computador.

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